“Fatores externos colaboram com esse aumento dos produto. A inflação altera o comportamento do consumidor, que pode ficar mais cauteloso para gastar”, disse o presidente da entidade, Adelaido Vila
Publicação: 11/12/2024
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de Campo Grande finalizou novembro em 0,63%, conforme dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado foi impulsionado pela alimentação e bebida mais cara. A variação acumulada no ano ficou em 4,61%.
“Fatores externos colaboram com esse aumento dos produtos. A inflação altera o comportamento do consumidor, que pode ficar mais cauteloso para gastar. No comércio de Campo Grande, isso reflete em uma redução no poder de compra”, destacou o presidente da CDL Campo Grande, Adelaido Vila.
A alimentação e bebidas registraram 2,63%. A alimentação no domicílio passou para 3,14% em novembro. Foram observados aumentos nos preços das carnes (11,02%), com destaque para paleta (10,64%); acém (11,54%); lagarto comum (11,70%) e costela (15,83%).
A altas também foram observadas nas hortaliças e verduras (7,23%), com destaque para alface (9,57%); mandioca (6,04%) e tomate (5,34%). Subiu também o óleo de soja (7,99%). Já no lado das quedas, está a banana nanica (-15,08%) e cebola (-6,22%).
A alimentação fora do domicílio apresentou alta de 1,07% em novembro. Os subitens outras bebidas alcoólicas (1,76%), refeição (1,42%) e cerveja (0,76%) foram os destaques entre os aumentos
Em relação aos outros grupos, despesas pessoais registraram 0,96%; transportes, 0,36%; vestuário, 0,06%; saúde e cuidados pessoais, 0,04%.
Do lado negativo, a habitação registrou queda de −0,78%; comunicação, −0,26%; educação, −0,02%. Artigos de residência não tiveram alteração.
Causas
O aumento desses produtos não é de responsabilidade do comerciante. Ele é impactado devido a vários fatores e acaba precisando repassar o preço para não ter prejuízo.
Esses produtos aumentam devido à pressão do mercado. Alguns dos fatores são, custo alto da produção; impactos na política monetária e fiscal, no qual, o governo pode implementar políticas fiscais que aumentam a demanda na economia, o que ajuda a pressionar os preços.
Além disso, o Brasil pode sofrer influências externas, como a alta nos preços internacionais de commodities (alimentos, energia) e mudanças nas condições econômicas globais.
A desvalorização do real frente ao dólar pode aumentar o custo de importações, elevando os preços de produtos e serviços que dependem de insumos ou componentes estrangeiros. O dólar à vista encerrou o dia em queda de 1,47%, cotado a R$ 5,959.