O medo não pode ser o novo normal

O medo sempre foi uma poderosa arma contra a população. E não diferente do que já vimos na história, na sexta-feira (21) vimos a declaração do Governo do Estado, por meio do seu secretário de saúde, alertando” para que as pessoas se mantivessem em casa no fim de semana, pois uma terceira onda do Covid-19 estava chegando.

A forma assustadora como a Secretaria Estadual de Saúde tem trabalhado gera pânico, espalha medo e os resultados mostram que não tem eficácia no controle da doença.

O medo disseminado, como forma de controle para reduzir os casos de pessoas infectadas pelo Covid-19, não causa o efeito desejado e só atinge a pessoa consciente, responsável e que atende todas as medidas de biossegurança. O indivíduo irresponsável, o que aglomera e faz festinhas, estes se sentem mais empoderados, com o desejo de desafiar ainda mais a pandemia.

A CDL CG – Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande reitera seu compromisso com os mais de 5 mil associados e combate esse tipo de ação que tem apenas o intuito de proliferar o medo entre os cidadãos. Cidadãos estes que necessitam sair de suas casas para trabalhar, inclusive aos fins de semana.

A Câmara de Dirigentes Lojistas nunca se furtou a entrar nesta batalha, ou mesmo negou a existência de um vírus tão cruel, como o do Covid-19. Nosso papel, desde o início da pandemia, este voltado a busca de soluções e nós o cumprimos. Trouxemos profissionais para elaboração e aplicação dos planos de biossegurança, antes mesmo que o município o fizesse e aqui pontuamos apenas uma de nossas ações.

Gerar o medo, espalhar o pânico, sem dar a proteção e as soluções de que a população necessita é no mínimo irresponsável.

Fique em casa, fechem seus comércios. São frases que ouvimos há mais de um ano e meio, tempo suficiente para que estratégias fossem criadas e algo além de colocar medo nas pessoas fosse feito. Falta transparência, sobra obscuridade. Não à toa nosso país vive uma CPI sobre as vacinas.   

E mesmo sem alterações nos altos índices da pandemia, que mostram que o problema não está no funcionamento do comércio, que tem sido cobrado quanto às regras de biossegurança, as medidas adotadas são sempre punem aqueles que precisam estar fora de casa, buscando o sustento da família.

A saúde pública em nosso estado nunca possuiu quantidade de leitos que realmente atendesse a demanda e este período pandêmico mostrou ainda mais todo caos e os déficits nos programas de saúde, que atendem a população. Um direito previsto em Constituição e amplamente negado. A única solução apresentada é fechar os estabelecimentos e espalhar o medo, mandado a população ficar em casa.

Não temos alternativas que traga saúde e mantenha a economia sem um colapso, não somos informados do que esperar para o futuro e se realmente iremos prosseguir, precisamos de qualidade de vida, precisamos das nossas rendas, pois apenas lutando para pagar as altas cargas tributária, estamos asfixiando na mesma proporção que esta maldita doença.

Não queremos ter que escolher se morremos de fome, ou se morremos de Covid-19. Queremos um pouco de vida e que seja com qualidade. Que tenhamos o direito às ações que nos protejam, pois o novo normal está aí.

“Queremos que o novo normal seja mais do que medo e pânico, precisamos de vida, dentro e fora de nossos lares, necessitamos abrir nossas portas e fazer o varejo acontecer, para que aí sim, haja um pouco de vida”, ressaltou Adelaido Vila, presidente da CDL CG.

 

 

Foto internet/ meramente ilustrativa.

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