NOTA DE PESAR: À beira da morte, escolas particulares vivem as mudanças impostas pelo MPE e desemprego aumenta na capital

À beira da morte, escolas particulares vivem as mudanças impostas pelo MPE e desemprego aumenta na capital
 

Por diversas vezes, a CDL CG – Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande tem alertado sobre o caos que se forma com a falta de flexibilização para determinados setores. Alguns fechados desde o início do período de pandemia do Covid-19, como é o caso das escolas particulares, que afeta diretamente 9 mil funcionários, sendo que destes 7 mil são professores, além de 45 mil alunos.
 
Para a entidade, dois pesos e muitas medidas estão sendo utilizados para tratar situações similares. Enquanto o Ministério Público Estadual força o não retorno às aulas, sob alegação de que pode sobrecarregar o sistema de saúde, faz vistas grossas a outras cidades, que quando necessitam acabam encaminhando pacientes para Campo Grande.
 
Em Mato Grosso do Sul, com o aval do MPE, cidades como Amambai, Bela Vista, Chapadão do Sul, Ribas do Rio Pardo, Maracaju e São Gabriel D’Oeste as aulas retornaram, seguindo as medidas de biossegurança, enquanto na capital ainda não, mesmo seguindo todos os protocolos e exigências, investindo, inclusive, muito recursos para isso, ainda que sua receita tenha diminuído pela falta das aulas presenciais, quando os pais preferiram retirar os filhos da escola.
 
Grandes cidades retomaram as aulas, sempre atentas a implantação dos protocolos de biossegurança. Entre elas, Brasília (DF) e em estados vizinhos, Sorriso e Várzea Grande (MT), Cascavel (PR), Manaus (AM) e São Luís (MA).
 
Mas, Campo Grande segue na contramão, atendendo as determinações do Ministério Público que não olha no entorno e sobrecarrega a Capital, que recebe pacientes do interior. Este mesmo interior que tem permissão para abrir seu comércio e suas escolas.
 
Os proprietários já estão em situação de desespero, pois não sabem como honrar seus compromissos, enquanto o diálogo com o MPE mais parece “uma conversa de mudo com surdo”, tamanha insegurança nas afirmações dos próprios representantes, que um dia acordam uma data e no outro já mudam de posição e determinações a serem cumpridas. Determinações que chegam de quem não foi eleito para administrar a capital, mas que se coloca como gestor decidindo quem pode, ou não abrir suas portas.
 
 
Efeitos colaterais
 
A falta da rotina diária da escola tem afetado negativamente as crianças, e até mesmo os pais, com vários relatos de estresse e até doenças devido ao afastamento da escola. Nas redes sociais é possível verificar diariamente relato de crianças que choram, que pedem para ver os colegas, sem falar no problema do confinamento, pois as crianças não têm como gastar energia e acabam fazendo muito barulho, incomodando vizinhos e gerando ainda mais problemas.
 
Outra situação que tem sido noticiada é o surgimento de cuidadores clandestinos, sem qualquer cuidado de biossegurança, até mesmo com a higiene, expondo as crianças a perigos ainda maiores que o Coronavírus.
 
Por isso a CDL CG apoia o retorno voluntário das aulas presenciais, onde os pais que não se sentirem seguros, não precisam mandar os filhos para a escola, mas aqueles que precisarem e entenderem que na escola é seguro para seus filhos devem ter o direito de ter essa opção.

Compartilhar:

Cookies

Ao navegar em nosso site, você pode aceitar o uso de cookies e melhorar sua experiência com toda segurança, seguindo a LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados.