Mesmo em meio a um cenário de instabilidade econômica, inadimplência crescente e perda do poder de compra, os consumidores de Campo Grande seguem dispostos a comemorar o Dia dos Namorados. De acordo com levantamento realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da capital entre os dias 23 e 26 de maio, a data deve movimentar cerca de R$ 97,14 milhões no comércio local.
A intenção de compra cresceu 8,5% em relação ao ano passado, passando de 62% em 2024 para 70,5% em 2025. O ticket médio previsto para os presentes é de R$ 220,00, o que representa um acréscimo de 3% frente ao valor registrado no ano anterior (R$ 213,61). Entre os itens mais procurados estão roupas (28%), perfumes (22%) e calçados (18%).
Segundo o presidente da CDL Campo Grande, Adelaido Vila, o período é estratégico para o varejo. “Mesmo diante de um cenário econômico desafiador, os consumidores estão priorizando gestos de carinho e amor na data. O comércio local se prepara para atender essa demanda, com boas expectativas para o setor”, afirma.
O levantamento da CDL foi feito com 209 consumidores em sete regiões da cidade, com entrevistas presenciais e por telefone. A apuração mostra ainda que a preferência pelo comércio físico permanece alta: 87% dos entrevistados devem realizar suas compras em lojas físicas, enquanto o comércio digital registrou queda de 5% na intenção de uso em comparação com o ano passado. Apenas 3% dos consumidores ainda não definiram onde irão comprar.
O atendimento continua sendo o principal critério para a escolha do local de compra, o que fortalece a importância da experiência presencial no processo de decisão dos campo-grandenses.
Além dos presentes, as celebrações em si também devem movimentar a economia local. Os jantares e confraternizações relacionados à data terão um ticket médio de R$ 270,00, alta de 9% em relação ao registrado em 2024.
A combinação entre a manutenção da tradição e o ajuste aos novos limites orçamentários marca o perfil do consumidor neste Dia dos Namorados — racional nas escolhas, mas ainda motivado a comemorar.
Por Djeneffer Cordoba – Jornalista
