O setor varejista de Campo Grande tem mais de 1.000 vagas abertas, mas não consegue preenchê-las desde o final do ano. Segundo o presidente da CDL-CG, Adelaido Vila, essa escassez de trabalhadores tem sido um dos principais desafios do segmento, independentemente do nível de qualificação dos candidatos.
“Quando da pandemia, que já completa cinco anos, muitas trabalhadoras deixaram o mercado formal para cuidar dos filhos, devido ao fechamento das creches. Grande parte delas não retornou, o que gerou uma lacuna no atendimento do varejo”.
Outro fator que impacta o setor é a mudança no perfil da nova geração de trabalhadores, especialmente da Geração Z. “Muitos jovens não se interessam por atividades como vendas e atendimento ao cliente, o que torna o cenário ainda mais desafiador. Mesmo com os avanços tecnológicos, a presença humana segue sendo essencial para o crescimento do setor e para a manutenção das atividades econômicas”, afirma o presidente.
O comércio varejista brasileiro encerrou 2024 com um crescimento de 4,7% em relação ao ano anterior, registrando a maior alta desde 2012. Segundo dados do IBGE, entre os segmentos que mais cresceram estão artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (14,2%), veículos e motos, partes e peças (11,7%) e hiper e supermercados (4,6%).
Mesmo diante desse cenário positivo, o varejo em Campo Grande ainda enfrenta desafios para atrair mão de obra e preencher as vagas disponíveis, o que pode impactar diretamente o crescimento do setor na Capital.