Pesquisa feita pela CDL Campo Grande mostrou que a média de descontos na Black Friday deste ano deve ser de 41% nas lojas da Capital. A expectativa do ticket médio é de R$ 589, com gasto total de R$ 89,6 milhões.
Para a pesquisa, 150 empresas foram consultadas entre os dias 23 e 28 outubro. Deste total, 36% estão com boas expectativas de vendas; 22% boas expectativas; 15% regular; 9% ruim e 18% não souberam responder.
Se comparar com o ano passado, 3% dos empresários acreditam que vão vender 50% a mais que 2023; 8% de 30% a 50% a mais; 13% de 20% a 30%; 18% dos empresários de 15% a 20%; 21% acredita que vai vender entre 10% a 15% a mais; 26% até 10% maior que o ano passado. Outros 3% responderam que não tiveram venda no ano passado; e 8% não responderam.
O maior desafio enfrentado é a queda no poder de compra para 21%; concorrência com o e-commerce para 18%; engajamento do time (17%); falta de produtos (14%); manutenção de margens (12%); e falta de caixa (12%).
“A queda no poder de compra dos consumidores e a forte concorrência com o e-commerce são os maiores obstáculos apontados. Para muitos, o engajamento da equipe e a falta de produtos são outras preocupações. Entretanto, há uma consciência crescente de que a estratégia adequada, produtos iscas e a preparação podem fazer a diferença”, pontuou o presidente da CDL Campo Grande, Adelaido Vila.
Sobre o estoque, 18% querem comprar mais; 76% querem manter o estoque atual e 6% ainda não definiu o que fazer.
Ainda de acordo com Adelaido, nos últimos anos, os empresários notaram uma queda sutil nas vendas durante a Black Friday, reflexo de uma população mais endividada e criteriosa na comparação de preços.
“O foco está migrando para o digital, e há uma preocupação com a credibilidade dos descontos. Mais empresas estão aderindo à data, mas os consumidores esperam autenticidade e boas ofertas, o que tem levado muitos lojistas a anteciparem as promoções”, completou.
Dicas
Queda no poder de compra dos consumidores
Divulgue ofertas verdadeiras e atrativas em produtos de entrada, que funcionam como “iscas” para trazer consumidores à sua loja, sejam físicas ou online;
Revise o sortimento de produtos. Introduza e dê destaque a produtos mais acessíveis, ajustando a oferta para itens de ticket médio ou baixo, que se alinhem melhor ao orçamento dos consumidores;
Construa ofertas agressivas em produtos populares e essenciais. Atraindo até o público mais cauteloso e disposto a gastar menos;
Crie descontos progressivos para aumentar o volume de vendas, onde o cliente obtém mais desconto quanto maior o volume de compra.
Forte concorrência com o e-commerce
Entenda quais mídias seu cliente navega, construa ou aprimore seu relacionamento digital. Somente dessa forma você vai conseguir competir diretamente com grandes players online;
Diversifique suas campanhas de tráfego pago em várias plataformas — Google Ads, Facebook, Instagram, TikTok e WhatsApp. Cada canal deve ter criativos distintos e adaptados ao público-alvo de cada plataforma. De modo geral os profissionais de mídia social têm o hábito de trabalhar apenas as mídias da sua geração que nem sempre correspondem com a geração do seu cliente;
Influenciadores locais que falem com o seu público, podem aumentar a credibilidade e a visibilidade da sua marca durante o período. Negocie pacotes de posts ou lives diretamente da loja para criar engajamento em tempo real;
Fique atento em dar respostas rápidas nos novos canais criados. De modo geral as empresas criam canais, mas não respondem aos clientes ou simplesmente automatizam deixando o cliente sem respostas.
Lembre-se que você pode trabalhar a entrega rápida como um grande atrativo para sua localidade.
Engajamento da equipe
Treine com frequência sua equipe. Somente com reuniões e treinamentos diários sua equipe ficará mais conectada. Todos devem conhecer profundamente os produtos de maior margem e valor agregado. Isso permite que eles façam sugestões naturais e estratégicas aos clientes, ajudando a loja a vender produtos mais lucrativos.