O aumento da inadimplência fez com que os consumidores segurassem um pouco mais os gastos para o Dia dos Namorados, comemorado em 12 de junho.
Em Campo Grande, por exemplo, a data será mais econômica. Na média, o gasto por presente deve ficar em torno de R$ 213,61. No ano passado foi de R$ 229,43.
Essa diminuição no orçamento é atribuída ao menor número de pessoas dispostas a comprar presentes para a ocasião.
O presidente da CDL-CG (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Campo Grande), Adelaido Vila, pontua algumas questões que levam o consumidor a ter mais cautela.
“Devido ao aumento do índice de inadimplência, a gente percebe também que há uma redução de expectativa para as compras do Dia dos Namorados. Além disso, o crédito ao consumidor continua muito caro os juros, assim como para o empresário para renovar seus estoques. Esses são os dois fatores proibitivos para que haja consumo mais significativo para a data”, destacou.
Entre os itens mais procurados pelos consumidores estão roupas (28%), perfumes (22%) e flores (18%).
Em relação ao montante total previsto para o Dia dos Namorados em Campo Grande é de R$ 87,14 milhões.
Adelaido também lembra do programa Desenrola Brasil, do Governo Federal, e que mesmo assim ainda não refletiu na melhora da inadimplência.
“O Governo Federal fez o programa de negociação de dívidas e mesmo assim continua com o índice alto, isso demonstra que o povo brasileiro continua com pouco poder aquisitivo”, completou.
Pesquisa feita pela CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) mostrou que as principais causas das dívidas foram por imprevistos de saúde, morte, manutenção da casa e carro que ficou em 20%.
Em seguida está a redução da renda, que obteve índice de 17%; a perda do controle do orçamento (16%); aumento dos preços (14%) e o desemprego (12%).
Já em relação as contas em atraso, em primeiro lugar está o cartão de crédito para 16% dos entrevistados. Em seguida está conta de água e luz (12%); cheque especial (10%); crediário (10%) e empréstimos (9%).
O levantamento da CNDL também teve parceria com a Offerwise Pesquisas.