A economia é uma engrenagem e como tal precisa estar em equilíbrio para completar seus ciclos e se manter aquecida, sem causar prejuízos catastróficos às cidades, estados e para todo o país.
Desde o início da pandemia, quando o comércio foi fechado e posteriormente, todas as vezes que as medidas restritivas afetaram diretamente ao setor produtivo, a CDL CG – Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande tem alertado sobre a necessidade de proteger a saúde da população e a saúde econômica.
Na semana passada, o secretário municipal de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, falou sobre a queda da arrecadação. A média de arrecadação diária da Prefeitura de Campo Grande caiu 46% no mês de março, após o início da vigência dos decretos que liberaram apenas o funcionamento das atividades consideradas essenciais pelo município.
Para o presidente da CDL CG, Adelaido Vila, a queda da receita do município já era esperada e não tinha como ser diferente. “Se o setor produtivo não pode produzir, não gera receita. Alertamos para tal realidade desde o início da pandemia. Agora, se o município sentiu a queda, imagine os lojistas?”, pontuou.
Adelaido Vila lembrou que a entidade tem dialogado com os diferentes poderes, sempre argumentando em defesa dos lojistas, pois todo o sustento desses trabalhadores está no que é produzido diariamente. “Se não vendemos, não temos dinheiro, se não temos dinheiro, não podemos honrar com nossos compromissos e isso inclui os impostos, que deixam de ser recolhidos”.
Cada fechamento do comércio, lockdown e toque de recolher que são decretados, a economia sente imediatamente. “Estamos apenas falando da arrecadação de impostos, mas não podemos esquecer as demissões, que agravaram ainda mais o cenário do desemprego. São famílias inteiras que perderam suas frentes de trabalho e estão passando necessidades, inclusive e principalmente, para colocar o alimento em suas casas”.
Além disso, o presidente destacou que para morrer de Covid-19 a pessoa precisa estar viva. “Não estamos e nunca negamos a existência da pandemia e a realidade que estamos vivendo. Mas, entendemos que um equilíbrio precisa existir. Nosso país não consegue sustentar a população com auxílio emergencial. O setor produtivo precisa de atenção, pois mais cedo, ou mais tarde, alguém pagará por essa conta e sabemos que será em cima de impostos que ela será cobrada”.