CDL CG: sangrando, comércio pede socorro para não pagar sozinho a conta da pandemia

O comércio tem sangrado e está pagando sozinho a conta da pandemia. As restrições e punições dos decretos municipais são sempre direcionadas aos CNPJs, mesmo o varejo tendo colaborado em todos os sentidos para que não aumentem os casos do COVID-19, na capital.

Consciente do seu papel e com muita seriedade, os varejistas têm implementando todas as medidas necessárias, mais de 2.000 funcionários do comércio e empresários já realizaram o curso de prevenção à COVID-19 para trazer segurança aos consumidores e manter as portas abertas, levando inclusive as orientações aos seus familiares.

Para o presidente da CDL CG – Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande, Adelaido Vila, passou da hora do poder público assumir suas responsabilidades e evitar novos fechamentos de CNPJs. “O poder público não consegue sequer levar a assistência básica na ponta, quanto mais conter as pessoas em casa, então faz o que é mais fácil, fecha as empresas, que, na sua grande maioria, respeitam as determinações”. O presidente ainda reforçou que “não há campanhas efetivas de conscientização da população e há um julgamento equivocado do que é essencial, ou não. Essencial é manter o sustento das nossas famílias e dos nossos funcionários”.

Adelaido ressaltou que muito se tem falado em falta de leitos nos hospitais. “Precisamos ser realistas e não tapar o sol com a peneira. Nunca tivemos leitos sobrando, as pessoas sempre ficaram nos corredores dos hospitais, não é uma situação que veio com a pandemia, isso é um descaso antigo, uma antiga falta de vontade política, que sempre massacrou a população, e, igual ao passado, nada é feito para resolver, apenas se joga a responsabilidade para os cidadãos, principalmente para aqueles que já contribuem com a cidade, que são os varejistas”.

O presidente enfocou que é essencial cuidar da saúde como um todo, seja os contaminados com o COVID-19, seja outras enfermidades. “Precisamos que o poder público nos mostre direções. Qual é o planejamento, qual é o protocolo, quais são as ações. Todas essas e muitas outras questões estão sem respostas e estamos sangrando desde o início da pandemia com o comércio sendo fechado, restaurantes limitados. Cadê os planos de biossegurança para as escolas públicas e outros estabelecimentos que já passaram da hora de reabrir”.

“Nós precisamos ter um pouco de vida durante esta pandemia, até que uma vacina eficaz seja descoberta. E esse pouco de vida passa pelo comércio que precisa sobreviver e continuar gerando emprego e renda, passa pelas escolas para que nossas crianças e jovens não sofram de tanta ansiedade e desenvolvam outras doenças. Esse pouco de vida passa por esse novo normal que tanto se fala. O que não dá é para não se ter vida e ainda matar todo o comércio, deixando as pessoas sem o essencial, que é viver, mesmo que seja usando máscaras e álcool em gel pelo resto da vida”, finalizou o presidente.

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