O presidente da CDL Campo Grande (Câmara de Dirigentes Lojistas) Adelaido Vila esteve reunido, na noite desta segunda (29), com comerciantes da Avenida Bandeirantes. A preocupação dos empresários é a obra da Prefeitura da Capital para recapeamento e mobilidade urbana da via, iniciada em abril deste ano e que já causa transtornos e prejuízos ao comércio local. A presidente da FCDL, Inês Santiago, também participou da reunião.
Dentre os transtornos apresentados pelos empresários, a faixa exclusiva para ônibus prevista no projeto original, o cronograma de execução da obra e a redução em metade das 658 vagas de estacionamento são os pontos que mais preocupam o comércio.
A prefeitura anunciou, dentro do pacote de obras para recapeamento e mobilidade urbana, que a faixa da esquerda da avenida será exclusiva do transporte coletivo, com sete estações de embarque, o que, no entendimento dos comerciantes, vai prejudicar a visualização das lojas. Além disso, o projeto prevê a ampliação das calçadas para 2,30 metros, impossibilitando a manutenção das vagas de estacionamento no local.
“No projeto apresentado pela Prefeitura de Campo Grande 329 vagas de estacionamento da Avenida Bandeirantes deixarão de existir. A avenida será transformada em via rápida, o que dificultará o acesso dos clientes e impactará o comércio. Outro ponto apresentado pelos empresários é o cronograma de execução da obra, pois muitos relatam medo de atrasos como na rua Brilhante e no Reviva Centro”, afirmou Adelaido.
De acordo com levantamento realizado pela CDL Campo Grande, 370 estabelecimentos, que empregam cerca de 2 mil pessoas, realizam atividades comerciais em toda extensão da Avenida Bandeirantes. Segundo Adelaido, o impacto da obra, sem a participação dos comerciantes na execução do projeto, pode gerar o fechamento de lojas e vagas de emprego.
“A nossa preocupação e que não ocorra o mesmo que ocorreu no Centro, com as obras do Reviva Centro, onde aproximadamente 1,5 mil lojas encerraram suas atividades, gerando o fechamento de cerca de 7,5 mil postos de trabalho”, comentou.
Com a apresentação do projeto e do levantamento da CDL, os empresários solicitaram uma nova reunião com a entidade para a próxima semana, onde serão apresentadas propostas para reduzir o impacto das obras.