Escolas particulares de MS sofrem com inadimplência e recorrem à negativação para reduzir perdas

Em 2024, a taxa média de inadimplência atingiu 32%

A inadimplência nas escolas particulares de Mato Grosso do Sul tem sido um desafio significativo, ocasionada pelos altos e baixos da economia. Entra e sai ano, mas essa dor de cabeça sempre continua.

Conforme levantamento do SPC Brasil, em 2022, a taxa média de inadimplência nas escolas particulares de Mato Grosso do Sul chegou a 20%. Já em 2024 este índice chegou a bater na casa dos 32%.

O presidente da CDL Campo Grande, Adelaido Vila, comentou sobre os impactos da inadimplência nas finanças das escolas. “A inadimplência pode impactar negativamente as finanças das instituições de ensino. Algumas escolas particulares têm considerado recusar a matrícula de alunos cujas famílias estão em situação de inadimplência, como uma medida para garantir a sustentabilidade financeira da instituição. Outra opção que tem sido utilizada é a negativação desse pai e dessa mãe que não cumpriram com o pagamento”, destacou.

Diante dessa realidade, por outro lado, as escolas reajustam as mensalidades. Para compensar as perdas financeiras, algumas escolas particulares do Estado aplicaram reajuste médio de 10% neste ano. Além disso, diversas escolas de Campo Grande tem optado por negativar os pais inadimplentes, sendo uma forma encontrada para recuperar os débitos.

O empresário e responsável pela instituição, Lúcio Rodrigues Neto, tem sentido na pele a dor de cabeça que a inadimplência causa. “Tem bastante inadimplência, devem de tudo, e a gente negativa os devedores”, disse. Ainda de acordo com ele, outubro, novembro e dezembro são os meses que mais têm falta de pagamento.

SPC Brasil

O SPC Brasil é benéfico para as três pontas: empresário, consumidor e economia. Para as empresas, bem como para as instituições educacionais, o SPC reduz o risco de prejuízos causados por inadimplência; já para os consumidores, incentiva o pagamento de dívidas, preserva o histórico de crédito e facilita o acesso a novas oportunidades de financiamento; e para a economia, garante maior estabilidade e estimula o consumo consciente e sustentável.

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