A pandemia do Covid-19 tem escancarado as diferenças e os privilégios em nossa sociedade. Discussões sobre o que está sendo vivenciado no cotidiano são inevitáveis e ficam questionamento como o valor da vida, ou qual vida vale mais?
Tais questionamentos se formam a partir do momento em que as regras importas neste período pandêmico se diferem para quem é servidor público, pra quem tem seu salário garantindo em conta todos os meses e de quem luta diariamente para manter seu estabelecimento aberto, pagando altas taxas tributárias e gerando empregos.
A CDL CG – Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande tem lutado arduamente desde o início da pandemia para garantir o mínimo para o setor. E, recebe queixas e questionamentos sobre os por quês, haja visto que professores não querem retornar às aulas antes de serem vacinados, advogados são obrigados a fazerem audiências virtuais oferecendo todo o suporte técnico aos seus clientes, pois o judiciário não retomou o atendimento presencial.
Sem vacina, toda uma categoria se recusa entrar em sala de aula. Enquanto isso, os profissionais das escolas particulares cumprem o expediente. E tais escolas são rigorosamente cobradas e fiscalizadas quanto ao plano de biossegurança. Por que os governos não retorna as aulas com as mesmas exigências que são feitas ao ensino privado?
E o questionamento não para, só a vida de quem passou em concurso público tem valor? Por que as medidas exigidas para diversos setor não são aplicadas em todos e o presencial volte a acontecer?
Vimos diariamente postagens de muitos protegidos pelo home office nas praias, em bares restaurantes. Enquanto quem sustenta o serviço público se vê obrigado a trabalhar cada vez mais para sustentar uma estrutura cara e sem eficiência.
Passou da hora de haver responsabilidade e igualdade no que tange esse período de pandemia. O que serve para o judiciário, escolas públicas e outros lugares que seguem home office, precisa servir para todos. Pois, setor como o do varejo continuam lutando e pagando impostos para que os gestores mantenham os salários desses profissionais em dia. A luta segue, afinal, qual vida tem mais valor?
Talvez nos falte mais do que uma vacina para diminuir o abismo.