Os varejistas campo-grandenses repudiam a forma desrespeitosa com que o Secretário Estadual de Saúde, Geraldo Resende, vem tratando o setor produtivo da cidade, chegando ao ponto de, em reunião, interromper falas e desmerecer a presença dos representantes do setor.
Desde o princípio da pandemia, o varejo tem contribuído para evitar que o vírus se espalhe, seguindo rígidas medidas de biossegurança e sofrendo duras restrições, que atingiram diretamente a vida das pessoas, causando fechamentos de empresas e desemprego.
Já da parte do secretário, o que se vê é apenas a semeadura do caos, em apelos dramáticos e midiáticos pelo fechamento do comércio, ao mesmo tempo em que manda mensagens ambíguas de que está tudo bem, com a não utilização e posterior fechamento dos hospitais de campanha.
Ora, se os hospitais de campanha não foram sequer utilizados e já foram até desmontados, isso significa, aos olhos da população, que o pior já passou, que a situação já melhorou.
Além disso, há uma má gestão na saúde pública estadual, sobrecarregando Campo Grande, na medida em que 30% dos leitos são ocupados por pessoas vindas de outras cidades, dando a impressão de que a capital tem poucos leitos, quando na verdade eles são compartilhados com outros municípios que não sofrem a mesma pressão que Campo Grande.
O senhor secretário afirma que estamos em trincheiras opostas, se colocando como inimigo dos varejistas, quando deveria estar preocupado em salvar todas as vidas, em agregar, em proteger, em prestar um serviço público de excelência, isso porque o digníssimo secretário é parlamentar licenciado.
Lamentamos o fato de o mesmo sequer ajudar na fiscalização, por meio do acionamento das forças policiais do Estado, contra festas e eventos clandestinos, esses sim, disseminadores do vírus.
Sendo assim, repudiamos a postura do secretário Geraldo Resende e esperamos que o mesmo se retrate com o setor produtivo campo-grandense, que é quem garante a vida para a cidade.
Adelaido Vila
Presidente CDL Campo Grande