A CDL CG – Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande repudia veementemente a fala infeliz do secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, que sugeriu, em entrevista aos veículos de comunicação de Mato Grosso do Sul, que os cidadãos que não concordam com as políticas implantadas pelo Estado para o combate à Covid-19, assinem termo recusando atendimento, em caso de contaminação.
A CDL Campo Grande alerta que os varejistas querem “voltar à normalidade”, termo cunhado pelo próprio secretário, por pura necessidade, uma vez que o Estado de Mato Grosso do Sul não atendeu qualquer apelo do setor. Foram, por exemplo, solicitados adiamento do vencimento dos impostos, como ICMS, IPVA e sequer houve uma resposta por parte do poder público estadual.
Para reabrir, os varejistas também não receberam apoio, tendo que providenciar por conta própria o Plano de Biossegurança. Em momento algum os caminhos mais seguros foram apontados, não houve oferecimento de ajuda, ainda que técnica, para garantir a segurança de empresários, funcionários e clientes. As únicas medidas do poder público foram as de restrição.
Portanto, essa fala não poderia ser mais equivocada e cruel, especialmente vinda de um gestor público, que gerencia milhões de reais oriundos dos impostos pagos pelos contribuintes sul-mato-grossenses. Recursos esses que são destinados à saúde de TODOS os sul-mato-grossenses, indistintamente.
A entidade alerta ainda que não se pode negar atendimento de saúde a qualquer pessoa que seja, ainda mais tendo como fator seu credo, ou convicções, e que fazer isso é crime, passível de punição pela lei.
Esperamos um pedido de retratação do secretário.